quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

CAIR OU NÃO CAIR? EIS A QUESTÃO

Não tem coisa mais babaca. Isso é fato e você há de concordar comigo. O tombo é a situação mais ridícula, cretina, patética e idiota à qual um ser humano pode se submeter. Cair é simplesmente o fato de nao se eqüilibrar, o que leva ao ridículo quando se trata de um ser humano, seja o tombo causado ou não por fatores exteriores senão a burrice do mesmo de não conseguir manter-se em pé. Complique, né?

Mas, quem é que nunca levou um tombo daqueles de não conseguir levantar de tanto rir da própria estupidez? Se bem que nao há nada melhor do que rir da estupidez dos outros, né? É bem mais legal quando o tombo não é com você, até mesmo porque dar risada não machuca – muito menos torce o tornozelo, quebra a bacia, trinca os ossos, abre a cabeça, etc.

Eu me lembro de vários meus. Quando eu era moleque, passei grande parte da minha infância no Guarujá, no litoral sul paulista. E lá, junto com meus amigos, eu sempre andava de bicicleta, brincava de esconde-esconde, polícia e ladrão, etc. Aliás, é engracado isso, né? Lembro que desde aquela época todo mundo queria ser ladrão, só porque “era mais legal”. Acho que já está no DNA do brasileiro querer ser ladrão. Eu imagino na década de 40, aqueles jovens brincando e gritando:

- Pega o Paulo!

Aí o outro grita:

- Não dá, to atrás do Luis!

Mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso é que eu sempre queria fazer as coisas mais difíceis na bicicleta, e sempre terminava levando um tombo. E, a cada tombo que eu levava, parecia a “última ressaca”. Sabe quando você bebe demais e fala “eu vou parar com isso” e, na semana seguinte você já está de porre de novo? Era igual. Eu sempre levantava chorando, sangrando, dizendo “é isso que dá querer saltar na rampa. Nunca mais faço isso!” e, na semana seguinte, ou até mesmo no dia seguinte, lá estava eu montando uma rampa com madeiras. E maior!

Mas cair de bicicleta ainda tem suas desculpas. Equilibrar-se sobre duas rodas não é tão fácil quanto equilibrar-se sobre seus dois pés. Ainda mais tentando pular de uma rampa.

Mas fato é que, conforme eu fui crescendo e deixando de cair, as coisas ao meu redor foram caindo. A internet no meu trabalho cai direto. A bolsa de valores cai. Peitos caem (uma pena). Matéria cai na prova. É, não dá pra brigar com a lei da gravidade e seja qual for qualquer outra lei que faz as coisas caírem. Tenho simplesmente de aceitar que os humanos e as coisas que estão à sua volta estão aptos a cair, sem aparente razão. Sorte minha que já inventaram o Viagra.

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